Não sei se de fato Árido Movie é um filme sério, no entanto o filme vai buscando se afirmar a todo o momento, desde os seus personagens que em todo momento ficam vagando em uma dramaturgia falha, passando por todos os símbolos escolhidos para contar o filme para nos fazer entende-lo, tenta se afirmar como um filme narrativo, entre outras coisas.
Árido Movie trata de questões muitas sérias como: falta de água, o fim do corenelismo, religiosidade, juventude, modernidade, sexualidade. O filme vaga sobre essas questões de maneira fútil e sem se sequer tentar ver os seus interstícios, moderniza o cangaço e põe motos no lugar de cavalos, um índio americano no lugar de um índio nordestino, sem punhais eles possuem pistolas e maconha no lugar do algodão – Trataremos da maconha em outro ponto -. Por esses e outros fatos que este filme não me parece um filme sério.
O diretor trabalha com todos os estereótipos, o que poderia ser perfeitamente aceitável se o diretor fosse paulista ou de qualquer outro estado não nordestino, Lira é pernambucano! O filme repete tudo àquilo que já foi dito, reforça a idéia de um nordeste pobre, morto de fome, que as pessoas precisam sair das suas cidades para não morrer de fome e educar-se, ou seja, ser gente, pois o personagem principal sai da cidade de Rocha no interior de Pernambuco com sua mãe quase fugida de uma cidade onde estava casada com um marido mão de ferro, a moça da cidade que não agüenta o atraso da cidade e os maus tratos do marido, e foge com filho.
Temos a impressão que Pernambuco é um grande circo de farsas. Existe lá uma cigana pirata fazendo revelações sobre a vida das pessoas, a personagem aparece no meio da estrada tendo visões, um homem diz achar água, e saber os segredos fonte, mas logo afirma: - não tem água por aqui dona. Um profeta ao estilo Antonio Conselheiro que usa um cajado parecido com o do tal, ele é também uma farsa, o que confirma a minha suspeita que o filme é uma farsa. Mas não a farsa no sentindo de estilo de draturgia, mas de falsidade,falta de coseão.
Todos filmados por uma personagem com a tem intenção de ser um simulacro ela é uma documentarista que está pesquisando o problema da água, andando em uma Land Rover por justamente o fato de esse carro ser caro e não popular para que ele salte aquela paisagem e ajuda a confirmar que o índio interpretado por José Dumont é americano, pois ele conhece o motor do carro e todas as suas qualidades, há um pergunta a ser feita. Durante todo o filme o diretor afirma que a cidade de Rocha parou no tempo, isso na fala de alguns personagens, também na vestimenta elaboradas por uma direção de arte e ela também tem a intenção de afirmar-se, o figurino das personagens que vivem na cidade de Rocha são roupas de trintas anos atrás, e também tal fato e no relógio que está parado. Então por que o índio conhece carros moderníssimos?
Deslocado daquele ambiente, a documentarista feita por Guilia Gam e o personagem pessimamente interpretado por Guilherme Weber são uma cópia barata de um filme de Antonioni chamado o Passageiro, que o proyagonista fica vagando por um lugar desconhecido também em uma Land Rover sem se relacionar com as pessoas, mas O Passageiro é um filme competente. Essa personagem interpretada por Julia Gam tenta ser um simulacro assim como o personagem principal também tenta ser. O filme tenta a todo o momento se afirmar o que não consegue, tenta ser um filme profético, moralista, nordestino, mais precisamente pernambucano, narrativo.
Vamos então por um fato em questão. As drogas presente no filme. Os amigos da personagem principal bebem e fumam maconha o tempo todo, personagens que não é justificado, o personagem de Selton Melo ensina como se deve fazer um baseado, é apologia gratuita a tal droga, os três amigos ficam andando de um lado para outro no Recife, então entendido por mostra os pontos turísticos da cidade o que mesmo assim não justifica a presença deles, depois rodam pelo interior do estado nos pontos turísticos, e possuem texto muito ruim, que é basicamente essas palavras: Pôrra, caralho, “véio”. O personagem de Guilherme Werber aparece numa das primeiras seqüências cheirando pó, mas por quê? É gratuito! O filme não consegue se justificar, ou melhor, se afirmar, principalmente quando as personagens do filme possuem um tratamento estranho, além de todos os problemas conceituais do filme, ele possui uma montagem confusa, um roteiro que tenta quebrar os princípios de um filme narrativo clássico e não consegue uma fotografia limpa que não ousa, e interpretações ruins.
A sexualidade que é enfocada na personagem de uma índia, ela é prostituída, o significado dessa personagem é muito simples, não há trabalho naquela cidade, logo devo me prostituir, e ela ainda é usada por uma personagem da cidade grande!
Os nordestinos vivem tão mortos de fome assim? Será se nas cidades a televisão não chegou? Rádio? Internet? Pessoas? É preciso reformular o que as pessoas pensam sobre o nordeste, os estigmas de hoje fora são os mesmos de trinta anos atrás?
Árido Movie trata de questões muitas sérias como: falta de água, o fim do corenelismo, religiosidade, juventude, modernidade, sexualidade. O filme vaga sobre essas questões de maneira fútil e sem se sequer tentar ver os seus interstícios, moderniza o cangaço e põe motos no lugar de cavalos, um índio americano no lugar de um índio nordestino, sem punhais eles possuem pistolas e maconha no lugar do algodão – Trataremos da maconha em outro ponto -. Por esses e outros fatos que este filme não me parece um filme sério.
O diretor trabalha com todos os estereótipos, o que poderia ser perfeitamente aceitável se o diretor fosse paulista ou de qualquer outro estado não nordestino, Lira é pernambucano! O filme repete tudo àquilo que já foi dito, reforça a idéia de um nordeste pobre, morto de fome, que as pessoas precisam sair das suas cidades para não morrer de fome e educar-se, ou seja, ser gente, pois o personagem principal sai da cidade de Rocha no interior de Pernambuco com sua mãe quase fugida de uma cidade onde estava casada com um marido mão de ferro, a moça da cidade que não agüenta o atraso da cidade e os maus tratos do marido, e foge com filho.
Temos a impressão que Pernambuco é um grande circo de farsas. Existe lá uma cigana pirata fazendo revelações sobre a vida das pessoas, a personagem aparece no meio da estrada tendo visões, um homem diz achar água, e saber os segredos fonte, mas logo afirma: - não tem água por aqui dona. Um profeta ao estilo Antonio Conselheiro que usa um cajado parecido com o do tal, ele é também uma farsa, o que confirma a minha suspeita que o filme é uma farsa. Mas não a farsa no sentindo de estilo de draturgia, mas de falsidade,falta de coseão.
Todos filmados por uma personagem com a tem intenção de ser um simulacro ela é uma documentarista que está pesquisando o problema da água, andando em uma Land Rover por justamente o fato de esse carro ser caro e não popular para que ele salte aquela paisagem e ajuda a confirmar que o índio interpretado por José Dumont é americano, pois ele conhece o motor do carro e todas as suas qualidades, há um pergunta a ser feita. Durante todo o filme o diretor afirma que a cidade de Rocha parou no tempo, isso na fala de alguns personagens, também na vestimenta elaboradas por uma direção de arte e ela também tem a intenção de afirmar-se, o figurino das personagens que vivem na cidade de Rocha são roupas de trintas anos atrás, e também tal fato e no relógio que está parado. Então por que o índio conhece carros moderníssimos?
Deslocado daquele ambiente, a documentarista feita por Guilia Gam e o personagem pessimamente interpretado por Guilherme Weber são uma cópia barata de um filme de Antonioni chamado o Passageiro, que o proyagonista fica vagando por um lugar desconhecido também em uma Land Rover sem se relacionar com as pessoas, mas O Passageiro é um filme competente. Essa personagem interpretada por Julia Gam tenta ser um simulacro assim como o personagem principal também tenta ser. O filme tenta a todo o momento se afirmar o que não consegue, tenta ser um filme profético, moralista, nordestino, mais precisamente pernambucano, narrativo.
Vamos então por um fato em questão. As drogas presente no filme. Os amigos da personagem principal bebem e fumam maconha o tempo todo, personagens que não é justificado, o personagem de Selton Melo ensina como se deve fazer um baseado, é apologia gratuita a tal droga, os três amigos ficam andando de um lado para outro no Recife, então entendido por mostra os pontos turísticos da cidade o que mesmo assim não justifica a presença deles, depois rodam pelo interior do estado nos pontos turísticos, e possuem texto muito ruim, que é basicamente essas palavras: Pôrra, caralho, “véio”. O personagem de Guilherme Werber aparece numa das primeiras seqüências cheirando pó, mas por quê? É gratuito! O filme não consegue se justificar, ou melhor, se afirmar, principalmente quando as personagens do filme possuem um tratamento estranho, além de todos os problemas conceituais do filme, ele possui uma montagem confusa, um roteiro que tenta quebrar os princípios de um filme narrativo clássico e não consegue uma fotografia limpa que não ousa, e interpretações ruins.
A sexualidade que é enfocada na personagem de uma índia, ela é prostituída, o significado dessa personagem é muito simples, não há trabalho naquela cidade, logo devo me prostituir, e ela ainda é usada por uma personagem da cidade grande!
Os nordestinos vivem tão mortos de fome assim? Será se nas cidades a televisão não chegou? Rádio? Internet? Pessoas? É preciso reformular o que as pessoas pensam sobre o nordeste, os estigmas de hoje fora são os mesmos de trinta anos atrás?
É dificil romper com paradigmas, mas não é impossível. Ainda não assisti Árido Movie,mas sei como é o preconceito em relação o Nordeste. Eles( os sulistas e habitantes do Centro oeste) acham que somos todos retirantes, mendigando favores paternalistas do governo.
ResponderExcluirCuriosamente , O Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro, filmes ambientados no Nordeste foram, respectivamente,sucessos de público e bilheteria. E reforçam o estigma de sermos "pobres e, mesmo assim,engraçados"...