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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pra onde vai?

Alguns setores da música brasileira chegaram ao nível do insuportável! É incrível como certos compositores tem a capacidade de produzir “obras-primas”.
Quanta injustiça se faz com aqueles que apreciam a boa música, não se trata de ser elitista ou preconceituoso, é conceito mesmo. Onde está a sensibilidade com sonoridade a pesquisa e estudo, a pesquisa sobre poética.
O que me deixa mais impressionado é que em 80 anos, dede amostra de Arte Moderna de 22 o Brasil produziu artistas de grande relevância para o mundo inteiro, cito nas artes plásticas Tarsila do Amaral, Glauber Rocha no cinema, Os Mutantes na música, André Parente na vídeo-arte, entre muitos, mas o fato é que temos uma elite dominadora de tal fato que muitos ao menos conhecem esses nomes, produzimos mais que muitos paises da Europa. Quem domina os meios de comunicação empurra uma produção de baixíssima qualidade.
O que falta então a esses compositores?
A falta de um movimento musical que tenha uma base sustentável, ou seja, filosofia, pensar e discutir musica e por que compor uma musica, sem ideologia não se sabe onde vai, chegar simplesmente ao estrelato, construir uma obra de arte relevante para o mundo, o autor morre e sua obra fica, a boa obra, claro. Então acaba aparecendo uma arte de categoria B, na verdade é impossível se classificar.
O ultimo movimento da musica brasileira foi o Manguebeat que deu Chico Science. Por sinal Recife é um local de resistência artística e no cinema e na música se inventa muito bem, é o que falta a muitos pseudo-artistas. A inventividade, a novidade, essas vem do trabalho do estudo do artista, da técnica apurada e do seu pensamento e sua inteligência reverbera em sua obra.
Então o que de um refrão que me atormentou no engarrafamento que estava a tocar em um desses paredões, mais ou menos assim.
-Vai Pôrra, vai pôrra, vai, vai, porra. E eu tentando escutar Kevin Eubanks.
O outro dizia assim, Tchuco gotoso. E eu tentando escutar Kevin Eubanks.
De repente o som parou. Entra então, beber, cair e levantar. O trânsito não andava. Que tortura. Desliguei o meu som.
Essas “obras” sintetizam o pensamento(?) desses autores não desejo ser preconceituoso, mas sim expor e questionar que tipo de música que se está fazendo, a música também tem a função divertir, e fazer dançar, mas prefiro dançar escutando Odara, do Caetano Veloso do que Psirico, o nome é esse mesmo?
O mercado fonográfico está ficando a cada dia pior.
As rádios pioram essa situação, em fortaleza apenas três rádios não tocam música comercial, o publico não tem direito de escolha. Queria saber qual a idéia de muitos compositores desses que constroem essas perolas.
A boa música, essa sim fica pra eternidade, respira ofegante, e fica fadada a internet e outros meios e a grande mídia sacode bandas de rock que não tem a atitude que muitas vezes se espera de uma banda de rock.
Espero que esse ano as coisas melhorem para música, nacional, que tenha menos bunda, e mais sensibilidade, menos country, e mais Chico César.
Viva Tom Zé e o seu experimentalismo!

5 comentários:

  1. Gostei pra caramba, vou voltar sempre q puder.
    M visita:

    http://noticiapop.com

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  2. "Viva Tom Zé e o seu experimentalismo!"

    Tá aí.. concordo :D

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  3. Poxa...você que esqueceu de outro grande compositor...Mccréu!!
    abraços

    www.filipeferminiano.com

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  4. Para muitos, vivemos a ditadura do Créu. Não acho. Há várias maneiras de escapar dessas aberrações que chamam de música; a internet é uma delas. Gostei bastante do seu "desabafo", da citação aos Mutantes, a Caetano, sempre uma luz no início do túnel.
    Só tome cuidado com a grafia de algumas palavras, como musica, ultimo, dede (música, último, desde).
    Abraços e sucesso com o blog!

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  5. Adorei seu desbafo procura um blog que alguem tivesse esssa coragem que faltou pra mim de escrever a respeito sim eu sou rockeira e concordo com o Fábio Flora a internet é a unica maneira de escarparmos dessas aberrações que chamam de música

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